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domingo, 2 de setembro de 2012

A Queda de Lúcifer


A Queda de Lúcifer

-Você pode ler a história completa de Lúcifer em Isaías 14 ;
 Ezequiel 28:13-19; e Apocalipse 12:4-12.

Por que Lúcifer se rebelou tornando-se o diabo? 
Ele cria que poderia se tornar Deus, assentar-se em Seu trono,
 a despeito do fato de que foi Cristo que o criou (ver João 1:3) 
e deu-lhe tudo, incluindo a liberdade de escolha e a posição de
 querubim chefe junto ao trono (Ezeq. 28:14 e 15) e,portanto, possuía grande autoridade.

Lúcifer era o ser criado mais exaltado no Universo. 
Ele deveria sentir gratidão e saber que Aquele que o criou 
era o Criador e não o ser criado. A criatura nunca poderá 
se tornar o criador. No entanto, foi isso o que Satanás buscou ser.
 O orgulho é cego. Assim, o pecado, que é rebelião contra Deus,
 teve suas raízes na exaltação pessoal e dependência de si mesmo. 
Lúcifer sabia que dependia de Cristo para sua vida (ver Sal. 36:9),
 no entanto sempre enfatizava o “eu”, em atitude de independência 
(a idéia aparece cinco vezes em Isa. 14:13 e 14).

A rebelião de Lúcifer não foi pública de início. 
Começou em sua mente. É aí onde iniciam todos os pecados. 
O pecado não é apenas o ato exterior, é o pensamento interior.
 Lúcifer se tornou Satanás na mente.
 Ele ponderou a respeito da posição ocupada por Cristo e passou
 a invejá-Lo. Queria tomar o trono dAquele que recebera o trono
 e passou a odiá-Lo. O ódio contra alguém é assassinato (ver I João 3:15),
 e é por isso que Deus o chamou de assassino e mentiroso desde o início (ver João 8:44). 
A inveja e o ódio de Satanás por Cristo levaram-no a lançar uma campanha de desinformação contra 
Ele entre os anjos (ver Apoc. 12:10).

As Escrituras dizem a respeito de Satanás: “Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você” (Ezeq. 28:15 e 16). A palavra hebraica para “maldade” é rekullah, que significa “comércio” ou “negócio”. Como salientou Richard Davidson: “comércio propagado” referindo-se a bens ou à maledicência. Aqui Satanás propagou a maledicência entre os anjos a respeito de Deus. A controvérsia cósmica se propagou com a maledicência, caluniando como injusto o caráter de Deus.

Satanás, de forma silenciosa e sediciosa, invadiu a paz e a alegria do Céu com o egoísmo. “Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Satanás reivindicou ser a melhor opção para governar o Céu. Sua influência permeou o paraíso como o câncer. Um terço dos anjos sucumbiram a seus enganos e lançaram sua sorte com ele (ver Apoc. 12:4).
Tristemente são proferidas as palavras: “Como você caiu dos Céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à Terra, você, que derrubava as nações! Você, que dizia no seu coração: Subirei aos Céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo” (Isa. 14:12-14). Satanás queria assumir o lugar de Cristo. Desejava ser igual a Ele na posição, não no caráter. Seu desejo de poder era movido por motivos egoístas. Queria ser Deus. Não surpreende que tenha instado Cristo, no deserto, a prostar-Se e adorá-lo! (Ver Mat. 4:8 e 9).

Satanás, o príncipe deste mundo

Depois que foi expulso do Céu, Satanás colocou seu foco no planeta Terra com o fim de levar a raça humana a se rebelar contra Deus (ver Gên. 3:1-5). Satanás sabia que Deus havia dado a todas as criaturas, angelicais e humanas, a liberdade de escolha.

Foi o mau uso dessa liberdade que levou Lúcifer e seus anjos a se rebelarem e agora ele empregaria a mesma técnica com nossos primeiros pais. Adão e Eva, feitos à imagem de Deus (ver Gên. 1:26 e 27), eram seres livres. Podiam conversar com Deus, e Deus esperava que servissem e obedecessem voluntariamente e por amor. Novamente o mau uso da liberdade por parte de Adão e Eva levou-os e a toda a humanidade a serem escravos do pecado e de Satanás. Deus sabia que a liberdade era um risco, mas valia a pena correr esse terrível risco visto que no fim da história todos os seres criados escolherão livremente seguir a Cristo para sempre.

Deus advertiu Adão e Eva de que podiam morrer caso comessem do fruto proibido (ver Gên. 2:16 e 17). Mas Satanás, na forma de uma serpente, disse a Eva: “Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal” (Gên. 3:4 e 5). Eva duvidou da palavra de seu Criador e aceitou a palavra do tentador.

Desta forma, por meio de Adão e Eva o pecado entrou no mundo, e toda a humanidade caiu presa dele e de seus efeitos (ver Rom. 5:12). Por conseguinte, Satanás pretendia ser o senhor da Terra (ver Jó 1:7).

Jesus chamou-o de “príncipe deste mundo” (João 12:31), e Paulo rotulou-o como “O deus desta era” (II Cor. 4:4). Como príncipe e deus deste mundo, Satanás reivindicou a raça humana como lhe pertencendo. Mas Cristo veio a este mundo para reconquistar o mundo perdido.

O livro de Jó apresenta-nos as “Nações Unidas” cósmicas onde Adãos de diferentes mundos vêm para o concílio cósmico. Esses representantes vêm como líderes de um mundo. Cristo criou cada um desses mundos e cada Adão (ver João 1:1-3), também chamados de “filhos de Deus” (Jó 1:6). Cada um domina sobre seu mundo, assim como foi dado a Adão e a Eva o domínio deste mundo (ver Gên. 1:26). Mas Adão e Eva perderam sua posição que, devido ao pecado, foi usurpada por Satanás. Portanto, ele compareceu ao concílio. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6, ERAB).

No Concílio Cósmico, Cristo perguntou a Satanás: “Observaste a Meu servo Jó? Por que ninguém há na Terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (Jó 1:8, ERAB). Esta é uma prova daquele que livremente seguia a Cristo, na controvérsia cósmica. O livro de Jó revela o drama dessas perguntas, e pode-se imaginar que os anjos e habitantes de todos os mundos observavam para ver se Jó permaneceria fiel a Cristo.

Cristo permitiu que Satanás matasse e destruísse sua família e seus bens (ver Jó 1:6-20). Em vez de blasfemar contra Deus, Jó “levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se rosto em terra, em adoração, e disse: Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor. Em tudo isso Jó não pecou e não culpou a Deus de coisa alguma” (Jó 1:20-22).

Em outra reunião do concílio (ver Jó 2:1 e 2), Cristo perguntou novamente a Satanás a respeito de Jó. “Pele por pele!, respondeu Satanás. Um homem dará tudo o que tem por sua vida. Estende a Tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele Te amaldiçoará na Tua face” (Jó 2:4 e 5). Novamente Cristo permitiu que Satanás provasse Jó. “Saiu, pois, Satanás da presença do Senhor e afligiu Jó com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça” (Jó 2:7). Em meio a tudo isso Jó permaneceu fiel a Cristo e foi por Ele felicitado (ver Jó 42:7), sendo-lhe devolvida duas vezes mais a prosperidade que tinha antes (ver Jó 42:10).

Jó é um tipo de todos os que serão salvos. Cada um testemunha ao Universo a respeito da justiça de Deus. Paulo tinha uma compreensão clara a esse respeito. O propósito de Deus era que “mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o Seu eterno plano que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Efés. 3:10 e 11).

Portanto, a visão mundial bíblica é muito mais do que salvação humana. Ela diz respeito à controvérsia cósmica da qual a salvação dos seres humanos é apenas uma parte. É fácil para os cristãos pensarem que tudo se centraliza na Terra e, em certo sentido, isso é verdade, porque aqui é o teatro no qual a controvérsia está se desenrolando. Mas o interesse no que acontece aqui não está confinado a este mundo e Céu.

A Escritura é clara quanto ao fato de que Cristo criou os mundos (aviw/naj – aionas, plural, Hebreus 1:2, era ou mundos,2 traduzido “mundos” na tradução inglesa King James e “Universo”, na Nova Versão Internacional). Estes e os anjos não caídos vêem, com grande interesse, o andamento do conflito cósmico na Terra.

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